terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Brasil & a política externa com ponto no Irã.

O objetivo da política externa é a obtenção da confiança dos parceiros do jogo com foco na saúde financeira do país. Se estivéssemos falando de uma empresa o objetivo principal é conquistar a confiança de seus clientes, mas também a dos fornecedores até que aceitem se tornar parceiros (reduzindo seu custo de operação). No caso de um país os clientes são principalmente as empresas dos paises vizinhos e os investidores (pessoa física ou jurídica). Como as regras do jogo são muito amplas um bom entendimento entre os políticos chefes dos estados e boas relações ao longo da historia conjunta dos paises envolvidos, ajudará na manutenção das boas praticas destas operações. A redução dos custos de operação se dá com a redução dos justos.
Os iranianos são bons investidores, as empresas iranianas compram muito do Brasil? Não, na verdade não e mesmo a Petrobras, não sei por que, não está se consolidando no país que tem enormes reservas de petróleo e precisa de parceiras para fazer a extração. Ocorre que Lula é o político internacional da vez. Chefes de estado respeitados em todos os cantos do mundo respeitam nosso presidente pelo que ele é pessoalmente e pelo que ele fez pelo Brasil incontestavelmente. Este simples fato é um grande motivador da confiança de nossos clientes.
O Itamaraty então, ou deveria dizer, o Lula então joga suas cartas para tirar proveito desta “vantagem” e, potencializar esta confiança. De quebra e sem dúvidas Lula busca objetivos pessoais, que é a motivação de todo indivíduo em todas as esferas, ou alguém acredita que Bill Gates fez o sistema operacional por que ele queria ajudar o mundo e ficou rico sem querer!?
Por que o Irã de Mahmud Ahmedinejad? Existe um conflito na região a muito sem solução. Começou entre muçulmanos, não sei acreditando em que (mas agora é fácil falar), a ONU colocou judeus no meio o que só piorou a situação. Rússia, China e EUA já se meteram mas sempre com força bruta e a coisa só piora. Nesta história se há um país que apenas brigou pela sua própria soberania foi o Irã que agora processa urânio que poderia levar ao desenvolvimento de bombas nucleares.
Com medo do armamento nuclear os paises ricos (que estão armados até os dentes, inclusive com bombas nucleares), ameaçam o Irã com retaliação comercial e ostensiva propaganda contra o país. Pelo que li o Irã não é tão mal assim, o índice de pobreza é menor que o nosso, o de analfabetos idem, mais mulheres do que aqui estão na faculdade e os roubos na rua são bem menos freqüentes do que aqui (mas este último índice não vale pois neste o Brasil não compete nem com a corja dos paises).
Lula agora ambiciona, dar uma mãozinha para evitar sanções econômicas que prejudicariam muito o Irã e, com um pouco de sorte minimizar conflitos antigos.
Dado Lula ser quem é, vejo com bons olhos a _aproximação_ entre Brasil e Irã, em qualquer outro momento da história de nosso Brasil eu enxergaria isto com ceticismo e medo de retaliação comercial internacional.
Vejo na balança, no pior dos casos, um zero a zero.