sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A vitória de Dell Potro sobre Federer


O cara é “o cara”, um grande campeão já pode ser assinalado com um grande nome do tênis pois não tenho dúvidas de que Dell Potro ainda vai ganhar muito.
A vitória foi merecida já que cada ponto foi disputado e bem disputado, nos campos técnico, físico e mental.
O que vou explorar aqui é o campo mental, e a multa que o Federer levou por usar palavras inadequadas contra o juiz.
Veja lá, Federer é um gentilman e o é nem sempre por que quer, ele não mostra mas tem sim sentimentos que ficam queimando dentro dele.
Como sempre em todos os seus jogos, quando serve Federer segue as regras e não demora mais do que os 25 segundos de tempos máximo entre o final da ultima jogada e o seu saque, quando desafia a chamada de um juiz de linha o faz quase que imediatamente, não se servindo nem mesmo do pequeno tempo disponível. É para ele uma conduta natural de respeito a todos, juizes, platéia e (obrigado Federer!) telespectadores.
É uma pena, no entanto, que o respeito a estas regras tornou-se obsoleto e pôde-se observar que a maior parte dos jogadores, em particular neste US Open, incluindo Dell Potro passam do tempo regulamentar com freqüência se não sempre (é o caso do serviço de Nadal), tanto no serviço quanto do desafio ao juiz de linha. No desafio, viu-se com freqüência o jogador pedir a opinião e debater – é patético... debater! – com o juiz de cadeira sua opinião sobre a chamada do juiz de linha.
Nada justifica usar termos indevidos contra o juiz mas vale uma cartinha bem escrita aos organizadores do evento pedido o tão simples respeito ás regras. Afinal o esporte é ou não é o modelo de praticas de vida!
Demonstração da falta de respeito que a leviandade do trato ás regras está levando, foi a reação da Williams com a juíza que observou um foot falt, saiu agredindo verbalmente e acabou por levar outra bela multa, merecida.

Honduras

Eis que Zelaya vai buscar proteção na embaixada Brasileira. Tem os que dizem que é obvio que o Brasil sabia e aqueles que afirmam que não. Independente disto, lá está Zelaya e mais um tanto de partidários.
São uns 10 hondurenho para cada 1 brasileiro na embaixada, sendo que dos 6 brasileiros uns 3 ou 4 são operadores sem vocação para discutir política. Desde o "golpe" o embaixador brasileiro foi retirado como forma clássica de deixar clara a posição, contra governo de situação, do Brasil.
Agora Micheletti, descontente com o retorno do presidente que depôs, cobra do Brasil uma posição sobre a situação do ex-presidente na embaixada brasileira, se asilado não pode usar a embaixada como palanque e em qualquer outra circunstância deveria ser devolvido as autoridades Hondurenhas.
O ideal seria mandar algum Brasileiro de peso para conduzir a situação de perto mas estes estão nos diversos palanques internacionais que acontecem atualmente nos EUA.
Enquanto nada acontece - Brasil não estabelece a situação de Zelaya na embaixada - Honduras vai perdendo paciência e um tempo precioso e Brasil "ganha" tempo na tentativa de ajudar ou fazer bonito para o mundo.

Os prós e contras da situação para o Brasil, nega envolvimento no retorno de Zelaya, mantêm uma postura democraticamente - superficial mas - correta, não tem comercio a perder e pior do que está dificilmente a situação vai ficar. Aos olhos da comunidade internacional até agora o Brasil tem se envolvido de forma positiva. É preciso, no entanto, fazer uma avaliação mais séria da situação, se é o caso de continuar afirmando que o presidente eleito sobre tutela do governo de situação não pode ser reconhecido, o Brasil deve embasar melhor sua opinião e ser mais efetivo numa proposta de solução.

Ao que parece, EUA está indo no outro sentido, o de aceitar o governo de situação como legítimo protetor da democracia e aceitar o eleito no próximo pleito.