quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O custo da educação X o da guerra

Pesquisando em vários sites, veja referencias no final do artigo, descobri que o senado americano aprovou 800 bilhões de dólares (até outubro de 2009) para custear a guerra ao terror a partir do atentado de 11 de setembro.
Para fazer o comparativo deste valor com o custo da educação fiz outra pesquisa e ví que o custo anual do ensino de 1000 alunos no Brasil é de 3,5 milhões de reais. Este valor foi calculado imaginando 6 horas aula dia e salário de 3,5 mil reais/mês para os professores.
Fiz um calculo aproximado incluindo o custo de construção da escola (tempo de vida do imóvel 28 anos, ignorei a manutenção) e inclui 14 anos ao tempo que cada aluno deve ficar na escola desta maneira direi que para se educar 1000 alunos precisamos de 58,3 milhões de reais.
E finalmente considerando um dólar a 1,7 reais e digo que com o dinheiro que mata os terroristas poder-se-ia oferecer educação "completa" para mais de 20 milhões de brasileiros. Arrisco afirmar que o custo da educação no Iraque e no Afeganistão não é maior do que aqui.
Fiz a comparação para questionar a atitude contra o terror tomada pelos americanos e aliados e também por que acredito que o terrorismo se apóia principalmente na ignorância e que a razão tende a diminuir sua força. Acredito na educação dos aliados contra o terror mas não nas razões que os levaram a tamanha resposta desproporcional. E aos que responderem a isto com as imagens do ataque as torres gêmeas digo que, de fato, ninguém merece mas que a política externa americana tem sido irracional e continuou sendo até no mínimo o (ainda não merecido) premio Nobel da paz, Mr. Barack Obama.
No Iraque são 32 milhões de habilitantes, no Afeganistão 28 milhões.
Minha opinião é de que um órgão internacional como o FMI ou ONU, devidamente abastecido financeiramente por paises economicamente equilibrados, deveria se ocupar da educação do mundo ou daqueles que aceitassem esta ajuda. Entendo que mesmo esta educação usando capacidade intelectual local e ensinando folclore regional não seria facilmente aceita por tantos paises mas tenho a convicção de que vários paises da África acolheriam a ajuda e o mesmo em alguns paises da América Latina incluindo talvez o nordeste do Brasil.
As escolas da ONUE (Organização das Nações Unidas pela Educação) ofereceriam a possibilidade do intercambio de alunos entre paises durante o período escolar e com isto proporcionaria um avanço considerável da direção da inevitável globalização.

Doc compartilhado do google docs que contem as fontes de minha busca
http://docs.google.com/Doc?docid=0ATDtS7dclluDZGdyaHRuZDhfMTVkemJ6ZzZkcw&hl=en

Planilha com alguns números e calculos
http://spreadsheets.google.com/ccc?key=0AjDtS7dclluDdEpsZTRFd2FyVlBTclowSGJCNzVBNWc&hl=en

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Em crítica ao que escreveu Paulo Sotero...

... ao Estadão em 16 de outubro 2009.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091016/not_imp451287,0.php



Estou indignado com comentários de jornalistas que, mesmo contra o governo, aparentemente consentem com a idéia de que a embaixada brasileira está invadida e não "é culpa nossa” ou do Brasil. - Diga se de passagem vejo a fuga da responsabilidade (ou culpa) um problema crônico no nosso sistema judiciário e isto acaba servindo de exemplo para o povo. - Me refiro tanto ao indivíduo que deixa sua calçada suja e promove o tombo dos transeuntes quanto ao individuo que anda sem olhar por onde pisa.
A postura correta seria oferecer asilo e retira Zelaya do pais ou entrega-lo as leis e regras da justiça e constituição de seu próprio pais, ambos mediante curta conversa com o “requerente”. Ou seria normal deixar que alguém entre em minha casa e use minhas dependências a ponto de atrapalhar ou pior, impedir minha rotina de trabalho.
O Itamatati e o Lula são responsáveis pelo que Zelaya faz na e a partir da embaixada Brasileira em seu próprio pais.
A estranheza dos vários paises presentes no cenário internacional deriva principalmente da postura “não é culpa nossa” que o Brasil tem tomado no caso Honduras. Esta postura, atribuída a Lula, vai sem dúvidas afetar sua imagem internacionalmente, pena que nós aqui não demonstramos a mesma condição crítica.
Fica para cenas dos próximos emocionantes capítulos, o que surgirá da visita de Ahmadinejad, presidente do Irã, a Lula no final deste mês e, ainda mais picante, com a visita prometida pelo embaixador do Brasil nos EUA, de Barack Obama para o final do ano.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A questão das terras improdutivas.

Está-se discutindo tornar o critério que determina o que é terra improdutiva mais rigoroso.

Se a terra é mais produtiva é melhor para o país, significa que estamos produzindo mais no mesmo espaço e com isto nos tornamos mais competitivos no mundo todo. É uma linha de pensamento correta, no entanto aqui trata-se de aumentar o número de terras "assentáveis", ou seja, terras que podem ser tiradas daqueles que não tem competência para produzir o suficiente dentro do critério de produtividade e entregá-las a indivíduos que não tem terra mas que tem muita vontade de produzir. Em tese estas pessoas estão agrupadas pelo Movimento dos Sem Terra ou MST.

Na prática 22% das terras produtivas do estando de São Paulo já estão nas mãos de assentados do MST, o problema é que estas terras, em sua grande maioria, produzem muito abaixo do critério mínimo para serem consideradas produtivas e portanto escaparem ao assentamento.

É a linha inversa da famosa frase da Tostines "é mais fresquinho por que vende mais, vende mais por que é mais fresquinho". No caso de nossas terras, produz menos que o "critério" então assentamos e o assentamento produz ainda menos por isso então assentamos mais!!!!!! É isso!

Sou a favor do critério de produtividade e sou a favor de dar terra a quem esta disposto a trabalhar em detrimento de quem já provou não ser capaz, mas é preciso oferecer recursos e regras iguais para todos os envolvidos! E antes de tudo obter um resultado mais produtivo no final do processo.

É mais coerente para o país que duas pessoas produzam o suficiente para 10 pessoas comerem e que a comida seja distribuída posteriormente - sempre dentro de programas sociais producentes - do que ter 8 pessoas produzindo para a própria subsistência. Está é uma mentalidade que visa o progresso dentro do sistema capitalista, "os melhores são incentivados e se necessário puxam os piores".