quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A questão das terras improdutivas.

Está-se discutindo tornar o critério que determina o que é terra improdutiva mais rigoroso.

Se a terra é mais produtiva é melhor para o país, significa que estamos produzindo mais no mesmo espaço e com isto nos tornamos mais competitivos no mundo todo. É uma linha de pensamento correta, no entanto aqui trata-se de aumentar o número de terras "assentáveis", ou seja, terras que podem ser tiradas daqueles que não tem competência para produzir o suficiente dentro do critério de produtividade e entregá-las a indivíduos que não tem terra mas que tem muita vontade de produzir. Em tese estas pessoas estão agrupadas pelo Movimento dos Sem Terra ou MST.

Na prática 22% das terras produtivas do estando de São Paulo já estão nas mãos de assentados do MST, o problema é que estas terras, em sua grande maioria, produzem muito abaixo do critério mínimo para serem consideradas produtivas e portanto escaparem ao assentamento.

É a linha inversa da famosa frase da Tostines "é mais fresquinho por que vende mais, vende mais por que é mais fresquinho". No caso de nossas terras, produz menos que o "critério" então assentamos e o assentamento produz ainda menos por isso então assentamos mais!!!!!! É isso!

Sou a favor do critério de produtividade e sou a favor de dar terra a quem esta disposto a trabalhar em detrimento de quem já provou não ser capaz, mas é preciso oferecer recursos e regras iguais para todos os envolvidos! E antes de tudo obter um resultado mais produtivo no final do processo.

É mais coerente para o país que duas pessoas produzam o suficiente para 10 pessoas comerem e que a comida seja distribuída posteriormente - sempre dentro de programas sociais producentes - do que ter 8 pessoas produzindo para a própria subsistência. Está é uma mentalidade que visa o progresso dentro do sistema capitalista, "os melhores são incentivados e se necessário puxam os piores".

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